Caramba. Quase 7 anos que não passo por aqui.
E hoje, enfim, resolvi resgatar meu blog. Primeiro, porque precisava lembrar da minha essência, de quem eu sou. E segundo, porque a escrita sempre tem o poder de aliviar o peso sobre os meus ombros.
Devo confessar, não sou mais a mesma. Vivemos num livre arbítrio, nos é permitido toda e qualquer escolha. Mas de toda escolha vem uma consequência. E as consequências estão sendo pesadas demais.
Não posso dizer que sou infeliz, mas não é 100% do tempo que me sinto feliz. Parte do tempo sou infeliz sim, me sinto sozinha, talvez me arrependa por ter sido tão fraca e covarde em não saber dizer "não" quando deveria, e cá estou. É cansativo persistir em algo que não é bom 100% do tempo. O problema é que na parcela de tempo que está sendo bom, a gente esquece da parte ruim, só lembra quando ela vem e te dá outra pancada nas costas. Aí pesa, dói, fere, lacera, sangra. E cada ferida deixa uma cicatriz que sempre vai estar lá, que nunca vai se apagar. E toda vez que você olhar para aquela cicatriz vai se lembrar do que a causou e talvez vá doer um pouco de novo.
Sinto saudades de viver na minha "bolha", onde eu achava que todas as pessoas eram boas, eu não conseguia enxergar maldade nas atitudes dos outros, simplesmente porque eu achava que, em um mundo ideal, todas as outras pessoas viviam sob os mesmos princípios éticos e morais sob os quais eu fui criada e sigo vivendo. Mas a realidade é cruel. Tem gente que nunca viu o amor. E quando vê, não sabe como reagir. Faz tudo errado, tudo ao contrário. E aí mais machuca do que ama, de fato.
Espero que eu ainda possa vir aqui dizer o quanto estou feliz e realizada em todos os sentidos da minha vida, porque, honestamente, se eu dissesse isso agora, estaria mentindo.