Ainda não entendo por que raios continuo a me torturar depois da dor da conformação.
Sim, eu aprendi a lição. Mas lembrar que fui frágil a ponto de me deixar ser enganada inescrupulosamente faz com que eu me condene a cada novo tic-tac do relógio.
E eu me pergunto: cadê seu coração? Ao certo nem você deve saber se tem. O frio deve ter congelado não só ele, mas seu cérebro também. (rsrs não pude perder a piadinha.) Se é que você tem cérebro.
Não quero parecer melancólica ou recalcada, só porque não dá mais para fingir a mim mesma que aceitei ou entendi os motivos do que aconteceu. E não entendo. É uma mescla de dor, decepção, desprezo, ódio... E isso está me corroendo por dentro. Te faz feliz me ver sofrer? Lembre-se que tudo o que vai volta. Não o fato de você ter saído da minha vida, mas a forma com que você jogou a chave do meu coração pela janela e saiu de fininho no calar da manhã.
Não vou me deixar abater pelos tropeços do caminho. Caio, mas levanto e sigo em frente. Mais forte. Do que nunca. Pelo menos quero ser, e vou. Só descobrimos nossa verdadeira força quando precisamos dela, de verdade.
Quero dar tempo ao tempo. Tempo para me recuperar do estrago feito. Tempo para convencer a mim mesma que você morreu, tal como você disse pra eu considerar. Madeira de lei. Tempo para mim mesma.
Tempo... Abundante veneno que assombra meus dias frios...
Não sou uma mulher simples. Na maior parte do tempo, nem eu mesma me entendo. Expresso-me na busca dessa compreensão, porém quando eu falo não há ordem, nexo, coerência, sentido. Por isso calo. Por isso escrevo. Porque ao derramar as palavras no papel, é como se o papel fosse a terra fértil e minhas palavras, pequenos brotos, e é dessa forma que busco ordenar tudo aquilo que se passa em minha mente e em meu coração. Logo, é aí que encontro a paz que eu tanto procuro.
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