
"Entre razões e emoções a saída é fazer valer a pena." Já dizia NX Zero. Não sou muito lá fã da banda, mas admiro o conteúdo de algumas músicas. Nesse momento, olhando pra rua, a chuva que não dá tregua em cair, ao som de Zeca Baleiro, fito-me pensando acerca das últimas semanas.
É como um floco de neve que despenca do cume da montanha, um pensamento acarreta na lembrança de outro. E às vezes, por loucura ou medo, não sei ao certo, vou fazendo pontes entre os ocorridos. Como se fosse um filme que já assisti, ou pelo menos com cenas familiares ou semelhantes, porém não igual (até o momento, e assim espero que permaneça). Sei que cabe a mim mudar o final, mas isso não vem ao caso.
O relógio aponta 14h00min. Exatamente nesse momento em que o direcionei o olhar. Incrível.
É um novo início. Novos personagens. Nova história. Mas porquê os fantasmas da decepção continuam a me rondar? Simples e puro medo. Sou bem consciente de que não posso generalizar os homens, mas como depois de tantos buracos em que me enfiei? Em alguns momentos, chego a quase me convencer que tenho dedo podre pra isso. E quando eu já não esperava mais nada surge um ser. Que vem de mansinho, aos poucos mostrando ser quem realmente é. Que com cada atitude, a cada dia, conquista mais meu afeto e compaixão. Algo tão enigmático, misterioso, o qual eu não realmente esperava. Mas ainda assim, não é que as coisas não esteja claras dentro de mim, mas em minha mente, razão e emoção estão em guerra, e quando uma teima em avançar, a outra corre na frente... E assim, esse medo me impede de caminhar. E o que eu queria agora é que você me desse sua mão, pra que assim caminhemos juntos e façamos valer a pena, já que é apenas o tempo que vai dizer se perdurará ou não.
Não quero parecer precipitada, e principalmente, tenho medo de estar confundindo as coisas. Mas como não acreditar no que vejo? As evidências apontam todas para um mesmo lugar... Eu. Mas tá ai, de novo, o medo me faz insegura e acaba me fazendo pôr tudo a perder...
Intuição ou razão?
Minha intuição diz pra eu seguir em frente, sem medo de ser feliz, e novamente arriscar, pagar pra ver, apostar minhas fichas.
Em contrapartida, minha razão, que guardou, infelizmente, todos os devaneios dessa minha breve vida, diz-me para pôr o pé no freio, dar um passo de cada vez, sem pressa... Analisar as circunstâncias, e ao realmente ter certeza de que o terreno é fértil, plantar a sementinha do amor.
(Tic-tac, tic-tac, tic-tac, esse tempo insiste em não passar!)
E agora?
(Queria ser uma mosquinha e saber o que se passa na sua cabeça, e no seu coração. Sei que posso parecer uma boba falando essas coisas, mas elas vêm do meu mais profundo âmago.)
Ouvindo: Comigo - Zeca Baleiro.