quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Razões e/ou emoções?


"Entre razões e emoções a saída é fazer valer a pena." Já dizia NX Zero. Não sou muito lá fã da banda, mas admiro o conteúdo de algumas músicas. Nesse momento, olhando pra rua, a chuva que não dá tregua em cair, ao som de Zeca Baleiro, fito-me pensando acerca das últimas semanas.
É como um floco de neve que despenca do cume da montanha, um pensamento acarreta na lembrança de outro. E às vezes, por loucura ou medo, não sei ao certo, vou fazendo pontes entre os ocorridos. Como se fosse um filme que já assisti, ou pelo menos com cenas familiares ou semelhantes, porém não igual (até o momento, e assim espero que permaneça). Sei que cabe a mim mudar o final, mas isso não vem ao caso.
O relógio aponta 14h00min. Exatamente nesse momento em que o direcionei o olhar. Incrível.
É um novo início. Novos personagens. Nova história. Mas porquê os fantasmas da decepção continuam a me rondar? Simples e puro medo. Sou bem consciente de que não posso generalizar os homens, mas como depois de tantos buracos em que me enfiei? Em alguns momentos, chego a quase me convencer que tenho dedo podre pra isso. E quando eu já não esperava mais nada surge um ser. Que vem de mansinho, aos poucos mostrando ser quem realmente é. Que com cada atitude, a cada dia, conquista mais meu afeto e compaixão. Algo tão enigmático, misterioso, o qual eu não realmente esperava. Mas ainda assim, não é que as coisas não esteja claras dentro de mim, mas em minha mente, razão e emoção estão em guerra, e quando uma teima em avançar, a outra corre na frente... E assim, esse medo me impede de caminhar. E o que eu queria agora é que você me desse sua mão, pra que assim caminhemos juntos e façamos valer a pena, já que é apenas o tempo que vai dizer se perdurará ou não.
Não quero parecer precipitada, e principalmente, tenho medo de estar confundindo as coisas. Mas como não acreditar no que vejo? As evidências apontam todas para um mesmo lugar... Eu. Mas tá ai, de novo, o medo me faz insegura e acaba me fazendo pôr tudo a perder...

Intuição ou razão?
Minha intuição diz pra eu seguir em frente, sem medo de ser feliz, e novamente arriscar, pagar pra ver, apostar minhas fichas.
Em contrapartida, minha razão, que guardou, infelizmente, todos os devaneios dessa minha breve vida, diz-me para pôr o pé no freio, dar um passo de cada vez, sem pressa... Analisar as circunstâncias, e ao realmente ter certeza de que o terreno é fértil, plantar a sementinha do amor.

(Tic-tac, tic-tac, tic-tac, esse tempo insiste em não passar!)

E agora?


(Queria ser uma mosquinha e saber o que se passa na sua cabeça, e no seu coração. Sei que posso parecer uma boba falando essas coisas, mas elas vêm do meu mais profundo âmago.)

Ouvindo: Comigo - Zeca Baleiro.

domingo, 7 de agosto de 2011

mudanças.


Eu quero ser uma pessoa melhor. Eu quero ser uma pessoa mais feliz. E assim me tornar inteiramente capaz de fazer um outro alguém feliz, apenas com a minha felicidade interior. E o primeiro passo para isso, é a atitude de mudança em relação à antigos hábitos e atitudes. As novas oportunidades que surgem são novas chances que a vida me dá de agir corretamente conforme o que a própria vida veio dolorosamente me ensinando. Parando pra refletir com essa frase, tudo passa a ser tão irônico...
Não significa que eu vá virar do avesso e me tornar uma pessoa fria e calculista, que só pensa na satisfação dos meus interesses, seca de sentimentos e inescrupulosa, muito pelo contrário. Vou sempre me manter inteiramente de coração, deixando-me guiar por ele na medida do possível, mas vou buscar ponderar suas decisões com o meu raciocínio lógico. Não quero mais que minha bondade natural seja objeto de manipulação de terceiros.
Deixei aquela ansiedade de lado, a falta de paciência com o tempo, e estou mais apegada ao desapego (engraçado né?), até que algo a mais se manifeste. A partir de agora vivo um dia de cada vez, sem planejar o que vem depois de amanhã. Sonhar, só se for com os pés no chão.
A partir de agora, escolho um novo caminho à trilhar, diferente de todos os outros que já pisei, e que me levam pra muito distante deles, aliás.

Ouvindo: Best Thing I Never Had - Beyoncé.

sábado, 6 de agosto de 2011

conselho de uma amiga :)


Minha amiga, queria te dizer algo...

Não se fecha as portas e as janelas da tua vida. Já dizia Bob Marley que os ventos que às vezes levam algo que amamos, são os mesmos que nos trazem algo que aprendemos a amar, e desse jeito estaria impedindo as novas oportunidades de novas perspectivas chegarem até ti. Te digo isso do fundo de um coração que já levou muita pedrada, e muito calejado esteve, mas que olhando pra trás vê toda a dor e sofrimento como aprendizado, uma lição a não ser repetida novamente. Não há nada mais angustiante do que ver o tempo passando e nenhuma evolução se suceder, e ao realmente se dar conta do que ficou no passado, a sensação amargurante do arrependimento por não ter buscado o desprendimento mais cedo. Posso não ter vivido taaaaaaanto assim, mas o que vivi já é suficiente para buscar acertar meu passo novamente quando tropeço. Sei que ainda tenho muita porrada à levar na cara, mas o que já passei tá valendo, e me fazendo um ser humano cada vez melhor.
O primeiro passo é a iniciativa própria da mudança, seja lá qual ela for, como for, mas que faça diferença na tua vida e no teu modo de pensar. Sei o quanto é difícil, pois não há nada mais difícil do que a auto-negação. São situações extremamente diferentes, e que quando ignoramos o sentimento por uma fração de segundos, ele volta muito mais intenso mais tarde, é como uma montanha-russa. Senti isso na pele há um ano, e não há nada mais gratificante do que a própria superação.
Nessas horas não adianta eu te dizer para seguires teu coração porque estaria sendo hipócrita, logo eu ainda. Digo de novo, por experiência própria. O jeito é dribrá-lo, mascará-lo mesmo, na cara e na coragem. Porquê? As vezes é mais fácil dar crédito à uma fantasia real do que à uma realidade ilusória. Acredite se quiser, mas frequentemente as pessoas tendem à acreditar e se apegar nas próprias mentiras a ponto de cegarem. E não foram uma vez ou duas que passei por isso. Falo porquê sei o que é. Porque as vezes é mais difícil aceitar a realidade, é mais sofrido do que inventar uma novela mexicana na nossa cabeça.
Fato que pagasse pra ver. Assumisse a bronca por tua conta. Agora só te lembro que no final das contas, pensa bem nas tuas atitudes pra não fazer outra pessoa pagar por tuas decisões também. Tente o desprendimento, mas sem abdicar da amizade. Vá se divertir, conhecer novas pessoas, não gaste seus preciosos minutos de sono remoendo um presente diferente, aceite a realidade e enfrente-a, de cabeça erguida e orgulho de ter falhado, mas jamais desistido de tentar. Mas uma isso teria de acontecer né, ninguém consegue alimentas suas ilusões pro resto da vida, elas são famintas. A realidade dá menos trabalho e menos dor de cabeça.
Ah, outra coisa. Não tente atingir ninguém, dar o troco ou qualquer coisa do tipo que envolva sentimentos ruins. Depois de ouvir uma frase, mudei minha vida: "nunca discuta com um idiota, ele te rebaixa ao nível dele e vence pela experiência". Fica a dica né.

Falo isso porque sinto que devo. Não quero que cometas o mesmo erro que eu, desperdiçar sua vida com quem não merece. Aprendi que há 3 coisas que não voltam na vida: a oportunidade desperdiçada, a palavra dita e o tempo perdido.

paciência.


"Ah! Se vendessem paciência nas farmácias e supermercados... Muita gente iria gastar boa parte do salário nessa mercadoria tão rara hoje em dia. Por muito pouco a madame que parece uma "lady" solta palavrões e berros que lembram as antigas "trabalhadoras do cais"... E o bem comportado executivo? O "cavalheiro" se transforma numa "besta selvagem" no trânsito que ele mesmo ajuda a tumultuar... Os filhos atrapalham, os idosos incomodam, a voz da vizinha é um tormento, o jeito do chefe é demais para sua cabeça, a esposa virou uma chata, o marido uma "mala sem alça". Aquela velha amiga uma "alça sem mala", o emprego uma tortura, a escola uma chatice. O cinema se arrasta, o teatro nem pensar, até o passeio virou novela. Outro dia, vi um jovem reclamando que o banco dele pela internet estava demorando a dar o saldo, eu me lembrei da fila dos bancos e balancei a cabeça, inconformado... Vi uma moça abrindo um e-mail com um texto maravilhoso e ela deletou sem sequer ler o título, dizendo que era longo demais. Pobres de nós, meninos e meninas sem paciência, sem tempo para a vida. A paciência está em falta no mercado, e pelo jeito, a paciência sintética dos calmantes está cada vez mais em alta. Pergunte para alguém, que você saiba que é "ansioso demais" onde ele quer chegar? Qual é a finalidade de sua vida? Surpreenda-se com a falta de metas, com o vago de sua resposta. E você? Onde você quer chegar? Está correndo tanto para quê? Por quem? Seu coração vai aguentar? Se você morrer hoje de infarto agudo do miocárdio o mundo vai parar? A empresa que você trabalha vai acabar? As pessoas que você ama vão parar? Será que você conseguiu ler até aqui? Respire... Acalme-se... O mundo está apenas na sua primeira volta e, com certeza, no final do dia vai completar o seu giro ao redor do sol, com ou sem a sua paciência..." (Arnaldo Jabour)

Enfim. Vivendo e aprendendo, é o clichê. Agora entendo como paciência é algo essencial na minha vida. E aliás, um pouquinho de ansiedade só faz com que a conquista seja apreciada com mais gosto.

Ouvindo: Amazing - Aerosmith.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

é tudo novo de novo.


Começar de novo e contar comigo,
Vai valer a pena ter amanhecido,
Ter me rebelado, ter me debatido.
Ter me machucado, ter sobrevivido,
Ter virado a mesa, ter me conhecido,
Ter virado o barco, ter me socorrido.
Começar de novo e contar comigo,
Vai valer a pena ter amanhecido,
Sem as tuas garras sempre tão seguras.
Sem o teu fantasma, sem tua moldura,
Sem tuas escoras, sem o teu domínio,
Sem tuas esporas, sem o teu fascínio.
Começar de novo e contar comigo,
Vai valer a pena já ter te esquecido.

Essa música define muito do meu estado de espírito agora.
Recomeçando. Em alguns pontos até mesmo acordando pra vida.
Novas oportunidades, novas chances de eu ser feliz.
Há muitos caminhos a serem seguidos. Não é porque errei uma vez que
estou condenada a pedrejar pela mesma via ainda. Eu quem faço meus
caminhos. E há muito o que trilhar ainda. Não vou me abalar por
pormenores, percebi que não vale a pena, é perda de tempo.
Quero alçar novos vôos em direção às novas perspectivas, e vivendo
um dia de cada vez, tenho a chance de fazer certo o que fiz errado
ontem.
Enfim, não há muito o que falar, a música já diz tudo por sí só.

Ouvindo: Peace in a Time of War - SOJA.