quarta-feira, 21 de setembro de 2011

feelings.


Hoje, apesar de sonolenta, reparei ao acordar algo que, de tão rotineiro que se tornou o meu caminhar do dia-a-dia, eu enxergava mas não via: a arvorezinha, plantada em frente à minha casa há uns 6 anos, agora está trocando suas folhas. É a primavera gritando que se aproxima. E em cima desse fato, crio mais uma dessas minhas metáforas acerca da minha vida. Assim como aquela frágil arvorezinha perde suas folhas secas e sem vida, permanece interte por um longo tempo ali, embaixo de sol e chuva intermitentes, comparo-a a mim mesma. Estamos na reta final do ano, e fazendo um retrospecto de tudo o que vivi esse ano, me dou conta de como evolui... Floresci. Sequei. E o vento levou as minhas folhas velhas e sem vida, e agora estou florecendo novamente.
Acredito piamente no pensamento de que há males que vem pra bem. Tenho bons e concretos motivos pra não duvidar. Acredito que somos sujeitados à sofrer para que, quando a grande felicidade chegar, saibamos valorizá-la da forma mais pura e simples possível. Meti o pé na jaca, paguei pelos meus erros, e com eles aprendi e reaprendi sobre a vida. Acredito que nunca cresci tanto em um breve período de tempo quanto neste que recém se passou. E sinto-me plenamente gratificada por ter reunido forças e permanecido firme e forte nos meus ideias.
É mais um ciclo que se fecha. E mais um ciclo que se inicia.
Novas folhas, novos ventos, novos aromas de uma nova flor que brota no meu coração...

Ouvindo: Amar é... - Roupa Nova.

discordâncias.


Me frustro ao ouvir de outros seres, não julgo irracionais, mas extremamente ignorantes, que afirmam que "o homem não é uma espécie monogâmica". Tudo bem que eu seria hipócrita em negar a existência da necessidade carnal, mas eu ainda acredito na pureza do amor, mesmo já tendo mil e um motivos pra duvidar. Quem ama vê todas as suas necessidades supridas na figura do ser amado, aquele que é o centro de seu mundinho particular. Quem ama se doa sem esperar nada em troca. Quem ama de verdade aceita o próximo do jeitinho que ele veio ao mundo, com todos os seus defeitos, já que ninguém é perfeito, mas sempre saberá ou aprenderá à valorizar suas melhores qualidades. Quem ama, dá valor, de todas as formas que sejam possíveis. Quem ama não trai, sejá lá qual for a forma de traição. Aliás, porquê trairia? A não ser que esteja buscando algo que seu companheiro não lhe oferece, e ai que percebo uma baita falta de sintonia entre os dois seres.
Acredito que quando dois seres unem-se, é por possuírem objetivos em comum, almejarem os mesmo sonhos, e pela força do amor, consigam conquistar o que desejam. Se esse laço é rompido, perde-se a confiança, o verniz essencial pra que esse laço permaneça firme, e aí esvairão-se todos os sonhos, os objetivos se desviarão, e não há mais sentido permanecerem lado a lado, se a vida torna-se um cabo-de-guerra, cada um querendo forçar pro seu lado.
E é esse o xis da questão. Uma coisa leva à outra. Considere esse laço rompido como uma traição. Se o outro trai, é porque não soube respeitar seu sentimento, aquele que você entregou com pureza do fundo do seu coração. Dói sim, eu sei como dói. Dói mais pela frustração de depositar suas expectativas, seu tempo e sua energia em alguém que atirou tudo pro ar do que pela traição propriamente dita. Além do que, durante esse tempo ter permanecido de portas fechadas, podendo ter deixado passar realmente quem valesse à pena.
Hoje, depois das experiências ruins que vivi, aprendi a valorizar as pessoas boas que Deus coloca no meu caminho. E assim quero ensinar a outras pessoas, que assim como eu, carregam, carregaram ou vão carregar esse sentimento ruim, já que ninguém sabe do dia de amanhã. Decepção não mata, ensina a viver, fato consumado.

Ouvindo: Começo, Meio e Fim - Roupa Nova.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

metáforas...


Hoje cheguei a uma conclusão tão óbvia, que não consigo admitir pra mim mesma que não me dei conta disso antes, e nem entendo o porquê da minha falta de senso.
Assim como meu corpo confunde as sensações de sede e fome, meu cérebro também confunde as sensações de paixão e amor. E não adianta. Nem que queiram virar o mundo ao avesso pra me convencer de que são a mesma coisa, será em vão, pura perda de tempo. Isso, para mim, é como querer equiparar água e vinho: é algo visivelmente nítido.
Paixão é como fogo que queima em forma de desejo, de forma imprevisível, incontrolável. Despertada de dois olhares que se cruzam, dois corpos que se tocam. Pele na pele, adrenalina no sangue, beijos incendiantes. É algo extremamente momentâneo, tão instável, tão superficial. Quando acaba, acaba, nenhuma fagulha é suficiente para reacendê-lo como era à princípio.
O amor não é assim. Aprendi a enxergá-lo como uma sementinha que se planta, e a medida que você cuida dela ou não, colhe seus frutos, sejam eles doces ou amargos. Vejamos, é uma metáfora muito simples de ser compreendida. A cada dia ele se desenvolve, etapa a etapa. Primeiro a raiz, que vai garantir sua fixação na terra. Depois o tronco, que será o alicerce do todo. Aí então vem os galhos, as folhas e os frutos.
Essa é a garantia de que pode vir a tempestade e os ventos, que não o levarão para longe, diferentemente da primeira: o fogo não queima sem oxigênio.
Já me senti cega de paixão, não uma nem duas vezes, é o que ficaram foram só lembranças de algo que foi mal vivido. Mas hoje, cresci e amadureci. Meu coração busca a sementinha ideal para ser plantada, e assim me possibilitar colher os frutos de um grande amor. Alguém que me olhe nos olhos, e não precise ouvir nenhuma palavra da minha boca. Que pegue na minha mão e me diga que vai ficar tudo bem. Que se meus olhos marejarem, simplesmente me abrace. Que me aceite como sou, imperfeita e cheia de defeitos. Mas que saiba reconhecer minhas melhores qualidades.
Sei que não vivi o suficiente para tanto, mas condiciono minha paciência para esperar o tempo que for preciso, pois sei que valerá a pena. Bem... Sonhar é bom e é de graça. Mas são as minhas atitudes que vão possibilitar que se concretize ou não.

Ouvindo: Coração Pirata - Roupa Nova.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

efêmero.


E ao som de Nenhum de Nós, me vem tantas lembranças, tantos momentos da minha vida. Desde minha infância, até minha adolescência, meu primeiro amor e minha primeira decepção. Frustrações, alegrias, conquistas... E não posso deixar de concluir que, no fim das contas, tudo converge pra um mesmo ponto. Passado, presente e futuro. À medida que o mundo gira, por si só ele acerta os ponteiros do relógio da vida, é o curso natural. Caminhos que se cruzam novamente. Destino? Já não sei se acredito mais. Acho que as porradas que levei da vida serviram pra alguma coisa... Pra quem sabe mudar as minhas crenças, pra ampliar meus ideais...
Não sei mais o que sinto. É um misto de tudo, é uma confusão. A única coisa que sei discernir, que essa miscelânea de coisas não ofusca, cega ou apaga são o certo e o errado. Errar dói. Doeu. Passou. Curou. Não quero errar novamente, não quero abrir a chaga que ficou. E não vou. Pode ter certeza.

Juro que eu daria um cruzado em quem abrisse a boca pra ousar me dizer que a vida não ensina. Tá aí. Eu sou a prova viva. Antes de me julgar, procure saber pelo que passei. Pode ser supérfluo pra você, mas troque de lugar comigo. Sentir o que sentir. Sentir como me senti. Vai dizer o quê? Que não tenho nem 18 anos ainda? E daí?

Ouvindo: Eu Não Entendo - Nenhum de Nós.