(Hoje estou afim de falar um pouco de como vem sendo meu dia-a-dia e o que venho sentindo nessas férias. Afinal, Ano Novo, está na hora de inovar meu repertório, apesar de eu AMAR falar de sentimentos. Mas vou confessar que outro dia eu estava MEGA inspirada pra escrever, e um vírus no meu not me impediu de publicar.)
Com a virada do ano, tenho pensado em muitas coisas que vivi e me marcaram, seja de maneira positiva ou negativa. Coisas que quero levar comigo pra sempre, e coisas que pretendo esquecer. Histórias para por um ponto final e novos capítulos que estão para ser escritos. Enfim, férias se resume abundância de tempo pra pensar na vida, e comigo não está sendo diferente.
Não me arrependo de nada do que fiz, mas me arrependo de ter feito algumas coisas, ou por não ter feito algumas coisas de forma diferente.
Meu Natal foi muito bom, nada como estar em família para revigorar as energias, e o Revéillon nem se fala. São os pequenos e simples momentos que fazem a vida valer a pena, não é?
Enfim, passado tudo isso, com a rotina "quase" voltando ao normal, as coisas vão acontecendo. E o que eu vou dizer agora é algo que quero dividir, uma experiência muito intrigante e diferente que tive, e que, independente de qual religião sigo, qual Deus eu venero, eu acredito e MUITO.
Essa semana, um casal vindo da Argentina, amigos do namorado da minha sogra (ufa! muita informação, posso continuar?) vieram passar alguns dias de férias. Está sendo bem legal, pois temos aproveitado bastante a praia e alguns lugares que não costumamos ir com frequência. E ontem a noite, Lía, nossa amiga hermana, revelou que jogava tarot e nos abriu as cartas. Fiquei impressionada com a exatidão de cada palavra que ela proferia, o que me emocionou e me pôs em lágrimas em poucos instantes. Coisas sobre meus sentimentos, minha família, faculdade e entorno, e algo que me chocou: o momento em que ela perguntou sobre um tio ou ente querido que já havia partido há alguns anos, e começou a listar suas características físicas. Antes disso, a primeira pessoa que veio na minha cabeça foi Blayr, um amigo do meu pai, meu amigo também, que veio do Rio de Janeiro com o filho, morou uns 7 anos na minha cidade e foi para o Uruguay, mas lá ele acabou nos surpreendendo com sua partida prematura, sem ao menos nos dar a chance de dizer um tchau. Enfim, ela disse que ele é meu anjo da guarda e estava ao meu lado naquele momento, e que sempre esteve antes, algo que me emocionou profundamente.
Para algumas pessoas isso pode ser besteira, mas não sei explicar qual foi a força que me fez chorar feito uma criança. E pude assim entender muitas coisas que eu nunca havia compreendido
E dormir uma noite de sono com a cabeça leve e o coração acalentado.
Não sou uma mulher simples. Na maior parte do tempo, nem eu mesma me entendo. Expresso-me na busca dessa compreensão, porém quando eu falo não há ordem, nexo, coerência, sentido. Por isso calo. Por isso escrevo. Porque ao derramar as palavras no papel, é como se o papel fosse a terra fértil e minhas palavras, pequenos brotos, e é dessa forma que busco ordenar tudo aquilo que se passa em minha mente e em meu coração. Logo, é aí que encontro a paz que eu tanto procuro.
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